sexta-feira, 24 de julho de 2009
Banda francesa Brass Band Méditerranée se apresenta no Inhotim em Belo Horizonte
Show gratuito faz parte da programação do ano da França no Brasil
Amanhã (25), às 15h, o Instituto Inhotim vai sediar a apresentação da banda francesa Brass Band Méditerranée.
O show integra a agenda de apresentações musicais do ano da França no Brasil. A banda, formada por 30 músicos, utiliza apenas instrumentos de sopro e percussão, como trombone, saxofone alto e cornetas, para mostrar a diversidade de sons que leva a platéia a viajar pelo mundo das sombras e das cores.
A seleção musical é ampla e vai desde músicas do século XVI ao atual.
Fundada em 2001, a Brass Band Mediterranée possui formação atípica e é composta por crianças, músicos amadores e profissionais. Para os fundadores da banda, Gérard Hostein e Philippe Bleuez, essa é uma bela iniciativa e o grande diferencial do grupo, que reúne diferentes pessoas para expressão de seus talentos.
A entrada no show será gratuita para todos os visitantes do Inhotim e a apresentação vai acontecer na área externa da Galeria Praça.
No mesmo dia e local, às 11hs, a Banda Santa Efigênia também vai se apresentar para o público presente no Inhotim.
Brass Band Méditerranée
Dia: 25 de julho – sábado Hora: 15h
Local: Inhotim – Rua B, n 20 – Brumadinho
Show gratuito para visitantes (entrada no Inhotim - R$ 10)
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terça-feira, 5 de maio de 2009
Alexandre Araújo Instrumental Oriental Blues
O MELHOR DO BLUES E INSTRUMENTAL
Com longa estrada dedicada à música, Alexandre Araújo vem espalhando o blues por todos os cantos do Brasil. Técnica apurada de guitarra, Alexandre toca gaita, canta e traz na alma o sentimento dedicado ao blues. No show ele promete um encontro de ritmos afro-brasileiros, elementos do rock, música oriental e blues.
Com longa estrada dedicada à música, Alexandre Araújo vem espalhando o blues por todos os cantos do Brasil. Técnica apurada de guitarra, Alexandre toca gaita, canta e traz na alma o sentimento dedicado ao blues. No show ele promete um encontro de ritmos afro-brasileiros, elementos do rock, música oriental e blues.
Alexandre Araújo nos anos setenta tocou com seu irmão Marco Antônio Araújo, um dos maiores expoentes da música instrumental brasileira. Nos anos 80 participou do grupo Mantra que tinha na época os mais importantes músicos da cena mineira - Ivan Corrêia, Mario Castelo, Eduardo Delgado e Laércio Villar. Depois, com o Aeroblues junto com parceiro Ney Fiúza, viajou pela América e lá tocou e gravou o seu show Berimblues, que foi aplaudido pelos americanos. Nos anos 90 formou o Alexandre Penna Blues e recrutou novos talentos na música mineira. Atualmente Alexandre Araújo atua em shows, workshops e casas noturnas espalhando e formando grupos de blues em todos os cantos do Brasil.
Onde: BAR E RESTAURANTE MARQUÊS
Rua Marquês de Maricá, 56 – Santo Antônio – Belo Horizonte
Quando: 06/05/2009, quarta-feira, a partir das 20:30h
Reservas: (31) 3293-8256
Informações para a imprensa: (31) 9806-3249
Alexandre Penna Blues
Alexandre Penna (Feitiço Mineiro, Brasília, 15/06/06)
Por Mário Pacheco - 29/04/06
Conheci a guitarra de Alexandre Penna nos quatro discos fundamentais do seu saudoso irmão Marco Antonio Araújo. Alexandre Pena é um excepcional guitarrista com solos fantásticos e inventivos à altura das inspiradas melodias do seu irmão, um dos seus grandes solos pode ser ouvido na faixa “Panorâmica” e é excedido ao vivo. Com um toque meio beatle nas cordas e influência oriental, tive o privilégio de passar os últimos 20 anos ouvindo algumas apresentações ao vivo dele quando atuava ao lado do Marco Antonio Araújo. Intimamente eu ligo o seu nome aos mestres Sérgio Dias, Dudu Chermont e Marcus Rampazzo.
Seu último trabalho em Cd foi o Berinblues com direção artística do compositor e instrumentista André Geraissati egresso do Trio D’Alma.
Em BerinBlues, Alexandre Pena mescla ritmos afro-brasileiros com elementos do jazz, flamenco, rock, raga e a sua linguagem própria da montanhas.
Acompanho a sua carreira via Portal Natu Blues e sabia que ele estava fazendo shows... Na segunda-feira, abri o jornal e nem acreditei, show do Alexandre Pena, no Feitiço Mineiro na terça-feira! Sai do serviço passei no CONIC e tomei umas cervejas. Estava frustrado porque eu sabia que não conseguiria gravar ou filmar o show. Perto da hora, no estacionamento peguei Zéantônio e fomos para o restaurante lugar do show.
FEITIÇO MINEIRO – DF
15 de junho
Alexandre Penna recentemente trocou o sobrenome Araújo por Penna e está com menos cabelos, hoje somos senhores!
Antes do início do show, ele bebe duas doses de café, trocamos algumas palavras e acredite ou não ele me dedica o show. Falei da possibilidade de lançar um Cd ao vivo do Marco Antonio Araújo. Falei que possuía o show do MASP de 1984 e o Instrumental 85. Que eu não tinha o bis do final do show de Brasília e quando consegui o show completo do MASP, me lembrei na hora do bis e que bis! Então juntando os três Cds daria um excelente disco-pirata, bootleg mesmo com aquela acústica pinkfloydiana da Sala Martins Penna e até as tosses do público como que limpando a garganta antes do show. Alexandre Penna se lembra muito bem dos shows e das datas! E ainda disse que muita coisa foi gravada por cima! Uma pena.
Anteriormente, eu entrei em contato com o contrabaixista Ivan (um dos participantes desta gravação) e ele alegou que o seu empresário tinha que ouvir a gravação. Perguntou: Como eu consegui? Se era da mesa de som. E encerrou a conversa com: Isto é, pirataria! Quando me deparei com esta ilha de dificuldades encerrei o papo. Ainda tentei passar o tape adiante com o selo paulista que lançava os Cds do Marco Antônio Araújo e o que eu ouvi? – Tem música inédita? Pô! Francamente, estamos falando da música do Marco Antonio Araújo! Ali saquei que alguma coisa fedia!
Mas falando com o Alexandre Penna, ele foi atencioso e gentil, ficou interessado na idéia e como eu registrei com o gravador nas pernas e se eu tinha capturado a parte indiana. Naqueles tempos éramos peritos em gravar o show e ouvi-lo em casa. Hoje mais pessoas fazem isso do que pensávamos. Os músicos têm o prazer de registrar o próprio show e depois ouvi-lo no toca-fitas do carro.
Alexandre Penna está recuperando partituras de Marco Antonio Araújo de 1974 e que nos 20 anos de sua morte pode surgir algo...
Voltando ao show. Alexandre Penna empunha a velha Gibson, senta no banquinho e assessorado por uma gaita ataca os instrumentos em uníssono. É uma surpresa para mim. Ele toca gaita e canta muito bem! A gaita faz a parte rítmica e preenche toda a música. São blues rurais de John Lee Hooker e Lightnin’ Hopkins. Somente um grande coração para suportar uma enorme dor. Em Babe, please don’t go, da qual eu não conheço a original deu pra sacar como os brancos na melhor das hipóteses adulteram os blues.
A platéia era pequena. Durante o set do citar uma falta de educação: conversas altas ameaçavam a paz. Quando magicamente abriram-se as portas laterais e a mesa foi colocada para fora! Igual ao truque de puxar a toalha e deixar os copos em cima da mesa. Nesse set de citar, Alexandre Penna toca temas regionais e me desculpe o uso desta palavra, um pupurrí de canções mágicas dos anos 60, Beatles, Stones, etc. É a única reminiscência dos shows dos anos 80 e uma rara apresentação de citar.
No set final, quando a coisa decolaria, a banda com músicos de Brasília reunidos para aquela jam, esbaldou-se acompanhando o mestre nos duelos e se surpreendendo quando humildemente com aquele toque pessoal Alexandre Penna inverteu o papel fazendo o acompanhamento nas bases para que o guitarrista solasse e a guitarra foi passando de mão em mão e todo mundo tocou, a cozinha lembrava o Double Trouble. Eles estavam curtindo junto com a platéia. Em Brasília, existem muitos músicos de blues, eu só não entendi porque eles não estavam ali. No final do shows os músicos foram agradecer pelo privilégio de ter tocado com ele, isso foi muito bonito.
Publicado em: whiplash
Por Mário Pacheco - 29/04/06
Conheci a guitarra de Alexandre Penna nos quatro discos fundamentais do seu saudoso irmão Marco Antonio Araújo. Alexandre Pena é um excepcional guitarrista com solos fantásticos e inventivos à altura das inspiradas melodias do seu irmão, um dos seus grandes solos pode ser ouvido na faixa “Panorâmica” e é excedido ao vivo. Com um toque meio beatle nas cordas e influência oriental, tive o privilégio de passar os últimos 20 anos ouvindo algumas apresentações ao vivo dele quando atuava ao lado do Marco Antonio Araújo. Intimamente eu ligo o seu nome aos mestres Sérgio Dias, Dudu Chermont e Marcus Rampazzo.
Seu último trabalho em Cd foi o Berinblues com direção artística do compositor e instrumentista André Geraissati egresso do Trio D’Alma.
Em BerinBlues, Alexandre Pena mescla ritmos afro-brasileiros com elementos do jazz, flamenco, rock, raga e a sua linguagem própria da montanhas.
Acompanho a sua carreira via Portal Natu Blues e sabia que ele estava fazendo shows... Na segunda-feira, abri o jornal e nem acreditei, show do Alexandre Pena, no Feitiço Mineiro na terça-feira! Sai do serviço passei no CONIC e tomei umas cervejas. Estava frustrado porque eu sabia que não conseguiria gravar ou filmar o show. Perto da hora, no estacionamento peguei Zéantônio e fomos para o restaurante lugar do show.
FEITIÇO MINEIRO – DF
15 de junho
Alexandre Penna recentemente trocou o sobrenome Araújo por Penna e está com menos cabelos, hoje somos senhores!
Antes do início do show, ele bebe duas doses de café, trocamos algumas palavras e acredite ou não ele me dedica o show. Falei da possibilidade de lançar um Cd ao vivo do Marco Antonio Araújo. Falei que possuía o show do MASP de 1984 e o Instrumental 85. Que eu não tinha o bis do final do show de Brasília e quando consegui o show completo do MASP, me lembrei na hora do bis e que bis! Então juntando os três Cds daria um excelente disco-pirata, bootleg mesmo com aquela acústica pinkfloydiana da Sala Martins Penna e até as tosses do público como que limpando a garganta antes do show. Alexandre Penna se lembra muito bem dos shows e das datas! E ainda disse que muita coisa foi gravada por cima! Uma pena.
Anteriormente, eu entrei em contato com o contrabaixista Ivan (um dos participantes desta gravação) e ele alegou que o seu empresário tinha que ouvir a gravação. Perguntou: Como eu consegui? Se era da mesa de som. E encerrou a conversa com: Isto é, pirataria! Quando me deparei com esta ilha de dificuldades encerrei o papo. Ainda tentei passar o tape adiante com o selo paulista que lançava os Cds do Marco Antônio Araújo e o que eu ouvi? – Tem música inédita? Pô! Francamente, estamos falando da música do Marco Antonio Araújo! Ali saquei que alguma coisa fedia!
Mas falando com o Alexandre Penna, ele foi atencioso e gentil, ficou interessado na idéia e como eu registrei com o gravador nas pernas e se eu tinha capturado a parte indiana. Naqueles tempos éramos peritos em gravar o show e ouvi-lo em casa. Hoje mais pessoas fazem isso do que pensávamos. Os músicos têm o prazer de registrar o próprio show e depois ouvi-lo no toca-fitas do carro.
Alexandre Penna está recuperando partituras de Marco Antonio Araújo de 1974 e que nos 20 anos de sua morte pode surgir algo...
Voltando ao show. Alexandre Penna empunha a velha Gibson, senta no banquinho e assessorado por uma gaita ataca os instrumentos em uníssono. É uma surpresa para mim. Ele toca gaita e canta muito bem! A gaita faz a parte rítmica e preenche toda a música. São blues rurais de John Lee Hooker e Lightnin’ Hopkins. Somente um grande coração para suportar uma enorme dor. Em Babe, please don’t go, da qual eu não conheço a original deu pra sacar como os brancos na melhor das hipóteses adulteram os blues.
A platéia era pequena. Durante o set do citar uma falta de educação: conversas altas ameaçavam a paz. Quando magicamente abriram-se as portas laterais e a mesa foi colocada para fora! Igual ao truque de puxar a toalha e deixar os copos em cima da mesa. Nesse set de citar, Alexandre Penna toca temas regionais e me desculpe o uso desta palavra, um pupurrí de canções mágicas dos anos 60, Beatles, Stones, etc. É a única reminiscência dos shows dos anos 80 e uma rara apresentação de citar.
No set final, quando a coisa decolaria, a banda com músicos de Brasília reunidos para aquela jam, esbaldou-se acompanhando o mestre nos duelos e se surpreendendo quando humildemente com aquele toque pessoal Alexandre Penna inverteu o papel fazendo o acompanhamento nas bases para que o guitarrista solasse e a guitarra foi passando de mão em mão e todo mundo tocou, a cozinha lembrava o Double Trouble. Eles estavam curtindo junto com a platéia. Em Brasília, existem muitos músicos de blues, eu só não entendi porque eles não estavam ali. No final do shows os músicos foram agradecer pelo privilégio de ter tocado com ele, isso foi muito bonito.
Publicado em: whiplash
Alexandre Araújo e o Berimblues
Alexandre Araújo, música de Minas, música do mundo.
01 - O sol ( Alexandre Araújo)
02 - Roção ( Alexandre Araújo)
03 - FunkBall ( Alexandre Araújo)
04 - Cablueira ( Alexandre Araújo)
05 - Carro de boi ( Alexandre Araújo)
06 - Flamenca ( Alexandre Araújo)
07 - Soldadinho ( Alexandre Araújo)
08 - St. Mônica surf ( Alexandre Araújo)
09 - Berinjela ( Alexandre Araújo)
10 - Berimblues ( Alexandre Araújo)
11 - Raga tupiniquim ( Alexandre Araújo)
'Berimblues' é o nome do show. Explica Moacir, entusiasmado com a fusão destes instrumentos:- "É o encontro de ritmos afro-brasileiros, elementos do rock, jazz, blues, folk, flamengo, música oriental, música regional mineira, enriquecidos por recursos da eletrônica.
'Alexandre é irmão caçula de Marco Antônio Araújo, o múltiplo instrumentista e compositor mineiro, tragicamente falecido em 6 de janeiro último, aos 35 anos e que deixou quatro excelentes elepês. Com formação clássica e popular, Alexandre participou dos discos de seu irmão, e do encontro com Jonas Lins, que une uma formação popular de rock e baião' ..."
(Moacir Domingues)
Publicado em 14 Janeiro, 2008: feijão tropeiro
Aeroblues
AeroBlues | |
O grupo é reconhecido como pioneiro no Blues em Minas Gerais, e germinou em 1989 como fruto do grupo BerimBlues, no qual os músicos Alexandre Araújo e Ney Fiúza mesclavam Blues a diversos estilos brasileiros e estrangeiros. Com essa formação contaram com Kaká no contrabaixo e posteriormente o excelente baixista Ivan Corrêa.O grupo sofreu alterações na sua formação com o passar dos anos, mas a qualidade dos músicos e do repertório dirigidos desde então pelo músico Ney Fiúza sempre foram a marca do AeroBlues. O guitarrista Shello Silveira(ex-Loretta e Hot Spot) atua com o grupo desde janeiro do ano 2000. No repertório versões de clássicos do Blues(Muddy Waters, John Lee Hooker, Robert Johnson, Albert King...) e do rock Blues( Eric Clapton ,Creedence, JJ Cale...) | |
Data: | 26/11/2009 à 26/11/2009 |
Horário: | Às 22h. |
Local: |
Alexandre Araújo, Marco Antônio Araújo e o Grupo Mantra
"Passei dois anos vivendo como tiete de grupos como Pink Floyd, Led Zeppelin e Deep Purple; assisti a chegada dos novos como Genesis e Supertramp. A fascinação durou até esgotar o ciclo, quando comecei a não me satisfazer mais apenas olhando e ouvindo. Quando cai na realidade e senti vontade de tocar, me senti fora de casa e resolvi voltar para o Brasil" Marco Antônio Araújo
Retornando ao Brasil, Marco Antonio estudou Forma e Composição Musical com Esther Scliar, Violão Clássico com Léo Soares e Violoncelo com Eugen Ranewsky e Jacques Morelenbaum, no Rio de Janeiro.
Conciliando o trabalho de músico de orquestra com sua produção independente, nesta época começou a fazer shows com produção independente que começaram a atrair um público cada vez maior.
Entre 1978 e 1979 apresentou os shows Fantasia e Devaneios, o grupo de músicos que o acompanhava era formado por Carlos Bosticco flauta, Hannah Goodwin violoncelo, Alexandre Araújo (seu irmão) guitarra, Gregory Olson contrabaixo,Benoir Clerk trompa e Sergio Matos na percussão.
Nesta época homenageou John Lennon num show batizado de John Lennon Remember que contou com a participação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e do Corpo de Baile da Fundação Clóvis Salgado além de grande coral.
Marco Antonio Araújo e grupo Mantra |
Com o tempo, mudanças ocorreram na formação e o som do grupo passou adotar uma linguagem mais ampla ao mesclar novos estilos musicais, notadamente o rock progressivo.
Consolidado o grupo, deu origem à banda que acompanharia Marco Antonio Araújo em todos os shows e 2 discos que viriam, sua formação era Alexandre Araújo guitarra, Ivan Correia contrabaixo, Mario Castelo bateria, Eduardo Delgado flauta, Antonio Viola violoncelo, Max Magalhães piano e Lincoln Cheib bateria.
Músico incansável, nesta época de muitos shows ainda achou tempo de produzir 2 discos de música barroca mineira do compositor Lobo de Mesquita !
Seu terceiro LP independente foi batizado de ENTRE UM SILÊNCIO E OUTRO.
Desta vez sem os músicos que tradicionalmente o acompanhava, Marco Antonio Araújo convidou Jacques Morelenbaum violoncelo, Paulo Guimarães flauta e Márcio Mallard violoncelo para juntos formarem um grupo de câmara que gravou 2 músicas suas neste disco, as Fantasias número 2 e 3 chamadas Romance e Folhas Mortas respectivamente.
Disco de produção requintada, contou com a participação do artista plástico Moacir Scliar que pintou a capa sob inspiração das músicas deste LP.
Grupo Mantra
Em meados de 1985 lança seu quarto LP chamado LUCAS, homenagem ao nascimento de seu segundo filho com sua esposa Déa Marcia de Souza, bailarina do grupo Corpo.
Desta vez contando com a participação do grupo Mantra, faz vários shows pelo Brasil e exterior divulgando este trabalho.
Marco Antonio Araújo faleceu no dia 6 de janeiro de 1986 de aneurisma cerebral, depois de ficar 5 dias em coma profundo na UTI do Prontocor de Belo Horizonte, tinha então 36 anos.
Durante todos estes dias, seus sinais vitais e respiração foram mantidos à custa de aparelhos e os médicos não sabiam qual havia sido as causas da hemorragia cerebral que havia sofrido.
Encontrado desacordado, a caminho do hospital sofreu uma parada respiratória que complicou ainda mais seu quadro clínico.
Dias antes, estava no Espírito Santo em companhia de Dea e dos filhos Lucas com 2 anos e Gabriela de 4 meses.
Havia regressado sozinho para Belo Horizonte com o objetivo de receber o prêmio de melhor instrumentista do ano concedido pela revista VEJA.
Na semana seguinte viajaria para Nova York onde tinha dois shows programados.
Seu legado é uma obra sublime, síntese criativa da música clássica com o pop, manifesto dirigido ao progresso, verdadeira essência progressiva e progressista.
Alexandre Araújo e Marco Antônio Araújo
"Um mineiro de técnica refinada e que amava tanto a música pop bem como a mineira e a clássica deixou um legado jamais esquecido pelos fãs."
Poucos comentam a obra e vida de Marco Antonio Araújo, um dos maiores representantes da música mineira dos anos 80 e que ganhou o epíteto de Egberto Gismonti da década de 80.
Marco Antonio Araújo era um tesouro local e, justamente quando começava a ter seu nome conhecido nacionalmente, veio a falecer no dia 6 de janeiro de 1986, vítima de um aneurisma cerebral, após ficar cinco dias internado na UTI do Prontocor, em Belo Horizonte. Um fim trágico para um músico que havia dedicado o último disco ao filho recém-nascido, Lucas.
Marco Antonio Araújo nasceu na capital mineiro, no dia 28 de agosto de 1949. Como todo adolescente nos anos 60 se apaixonou pelos Beatles e pelos Rolling Stones e resolveu, em 1968, ingressar no grupo Vox Populi, que contava com Tavito e Fredera, que depois formariam o Som Imaginário. Ficou um ano no grupo, que lançou um compacto, Pai-Son (parceria com Zé Rodrix), pela gravadora Bemol.
Marco já estava absolutamente apaixonado pela música e resolveu abandonar o curso de economia e o emprego em um banco para se dedicar a ela. Em 1970, resolve morar em Londres, onde ficaria dois anos "tietando" (expressão do próprio músico) grupos como Led Zeppelin, Deep Purple, Pink Floyd, Rolling Stones etc. Cansado de correr atrás dos grupos, viu que deveria voltar ao Brasil e começar a carreira de músico.
Assim, retorna ao Brasil e vai morar no Rio de Janeiro, onde foi estudar composição com Esther Sciar e aprendeu violão clássico e violoncelo com Eugen Ranewsky e Jacques Morelenbaum, na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Começa a compor trilhas sonoras para cinema, teatro e balé, entre eles a peça Rudá, de José Wilker e Cantares, um balé apresentado pelo grupo CORPO.
Marco acaba se apaixonando e casando com uma das bailarinas, Déa Marcia De Souza.
Marco mostrou-se um músico brilhante e volta para BH, em 1977, e passa a integrar a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde ficaria até o fim da vida.
Marco faz pequenos shows no ano seguinte, onde era acompanhado pelo grupo Mantra. As composições instrumentais mesclavam o rock progressivo com a mais pura tradição mineira de quadrilhas, modinhas e serestas.
Entre 1978 e 1979 apresentou os shows Fantasia e Devaneios, tendo a companhia de Carlos Bosticco (flauta), Hannah Goodwin, no violoncelo, seu irmão Alexandre Araújo na guitarra, Gregory Olson, no contrabaixo, Benoir Clerk, na trompa e Sergio Matos, na percussão.
Aos poucos vai formando um grupo de músicos que o acompanharia: Alexandre Araújo (guitarra), Ivan Correia (baixo), Mario Castelo (bateria), Eduardo Delgado (flauta), Antonio Viola (violoncelo), Max Magalhães (piano) e Lincoln Cheib (bateria).
Em 1980 edita, de forma independente, o primeiro LP,
Influências, que recebe grandes elogios da crítica especializada e é divulgado com 74 shows.
O disco ganha boa receptividade fora de Minas Gerais e Marco monta uma produtora independente, Strawberry Fields, a canção dos Beatles que o fez amar o quarteto.
O LP continha seis faixas:
Lado A
1. Panorâmica (Marco Antônio Araújo)
2. Influências (Marco Antônio Araújo)
3. Bailado (Marco Antônio Araújo)
Lado B
1. Abertura N.2 (Marco Antônio Araújo)
2. Cantares (Marco Antônio Araújo)
3. Folk Song (Marco Antônio Araújo)
Ao ser editado em CD, mais duas composições foram adicionadas:
7. Entr Act I & II (Marco Antônio Araújo)
8. Floydiana II (Marco Antônio Araújo)
Mais maduro, Marco lança outro disco, em 1982, o belo Quando a sorte te solta um cisne na noite e viaja pelo interior de Minas Gerais, através do projeto Acorde Minas, em parceria com a Rede Globo Minas, a Coordenadoria de Cultura do Estado e de sua produtora, Strawberry Fields.
O disco é novamente elogiado pela crítica, mas Marco sentia que precisava expandir seu público e atingir outros estados, especialmente Rio e São Paulo.
O novo trabalho mostrava Marco cada vez mais maduro no violão Ovation e a banda mais coesa e trazia as seguintes faixas:
Lado A
1. Floydiana (Oiliam Lana e Max)
2. Alegria (Marco Antônio Araújo)
Lado B
1. Quando a sorte te solta um cisne na noite (Marco Antônio Araújo, Oillan e Max)
2 . Pop Music (Marco Antônio Araújo)
Em CD, foram incluídas as seguintes faixas:
5. Adágio (Marco Antônio Araújo)
6. Ilustrações (Marco Antônio Araújo)
7. Cavaleiro – trilha Balé Cantares (Marco Antônio Araújo)
8. Sonata para cello e violão (Marco Antônio Araújo)
Incansável, Marco não parava de trabalhar nem um segundo e resolve inovar no terceiro LP, Entre um silêncio e Outro, de 1983.
Para isso, convidou o violoncelista Jacques Morelenbaum, o flautista Paulo Guimarães e o violoncelista Márcio Mallard e formaram um grupo de câmara que gravou apenas duas "Fantasias Nº 2" e "Fantasias Nº 3". Ao ser editado em CD, trazia ainda as faixas "Abertura I", "Abertura II" e "Cantares II". A capa trazia uma tela do artista Carlos Scliar - "Vinil Encerado Sobre Tela", feita especialmente para Marco e inspirada em sua música. Dentro do disco, um bela capa dupla colorida, havia um texto do próprio Marco falando de sua obra.
No mesmo ano, nasce seu primeiro filho, Lucas, no dia 2 de agosto. Inspirado pela paternidade, Marco parte para gravar um novo disco, para muitos sua obra-prima: Lucas.
Um disco maduro e que mostrava um homem mais esperançoso e preocupado com o futuro.
O LP trazia as seguintes faixas:
Lado A
1. Lembranças (Marco Antônio Araújo)
Lado B
1. Caipira (Marco Antônio Araújo)
2 . Lucas (Marco Antônio Araújo e Nando Carneiro)
3 . Para Jimmy Page (Marco Antônio Araújo)
Em CD, trazia as seguintes faixas extras:
5. Brincadeira (Marco Antônio Araújo)
6. Cavaleiro (Marco Antônio Araújo)
7. 3rd Gymnopédie (Marco Antônio Araújo)
No ano seguinte, é editado uma coletânea, Animal Racional, e Marco chegava ao auge da carreira, com shows pelo Brasil inteiro, ao lado do grupo Mantra.
Marco havia regressado a Belo Horizonte, onde iria receber, no dia 7 de janeiro de 1986, um prêmio da Revista Veja como o melhor músico instrumentista do país. Subitamente, sofreu uma hemorragia cerebral e entrou em coma profundo, vindo a falecer, no dia 6, véspera da premiação. Marco tinha uma viagem agendada para Nova York na semana seguinte.
A perda devastadora jamais foi completamente absorvida e entre os dias 7 e 9 de agosto foi realizado o show Lembranças, para celebrar o 37º aniversário de Marco. Participaram dele Alexandre Araújo, Ivan Correia, Lincoln Cheib, Mauro Rodrigues, Antonio Viola, José Marcosa, Max Magalhães, além de convidados como André Geraissati, Egberto Gismonti, Toninho Horta, entre outros.
Um mineiro de técnica refinada e que amava tanto a música pop bem como a mineira e a clássica deixou um legado jamais esquecido pelos fãs e por quem acabaria descobrindo sua obra apenas após sua morte.
Discografia
Influências (1980)
Quando a sorte te solta um cisne na noite (1982)
Entre um silêncio e Outro (1983)
Lucas (1984)
Animal Racional (coletânea) (1985)
Publicado em Mofo )
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